Os anos passam, algumas pessoas permanecem fieis ao seu código de ética, enquanto outras trilham um caminho diferente, a estrada da antiética.
Será que vale a pena ser ético num mundo antiético?
Será que vale a pena ser honesto num mundo onde a honestidade é relativa?
Nadar contra a correnteza durante uma vida inteira é um desafio hercúleo. Alguns triunfam, outros sucumbem.
Ética é escolher um caminho que beneficie o máximo de pessoas possível e cause o menor dano inevitável. Ela é individual e pode ser modificada com o tempo, com as novas experiências, com escolhas autodeterminadas.
Antiética é escolher um caminho que beneficie o mínimo de pessoas possível e cause o maior dano evitável. Ela é individual e pode ser modificada com o tempo, com novas experiências , com escolhas autodeterminadas.
Deveriam ensinar Ética nas escolas.
As escolhas éticas não funcionam, quando impostas pelos pais, professores ou através de qualquer coerção. A verdadeira Ética é uma descoberta pessoal. Ética é uma decisão. Ética é um imperativo pessoal. Mas por que agir de maneira ética num mundo antiético? Qual a vantagem?
Cada pessoa precisa de um código de ética para navegar neste mundo insano.
Sem um código de ética, a pessoa, por falta de referencial, vai pegar caminhos antiéticos.
Sem um código de ética, a pessoa, por inconsciência, começa a morrer em vida.
Sem um código de ética, a pessoa vai obrigar-se a corrigir as suas escolhas erradas, punindo-se com correções dolorosas. É a lei da retribuição.
O único caminho viável para socorrer-se de um poço antiético é voluntariamente buscar a própria responsabilidade pelos erros cometidos contra as pessoas e o mundo.
O mundo é antiético porque a maior parcela das pessoas joga "a culpa" nos outros. E , ao fazer isso, cometerá novos atos antiéticos. O acúmulo de atos antiéticos levará à morte real ou interna.
O que faz uma pessoa escoimar-se de sua responsabilidade por condutas antiéticas? Comete novos atos antiéticos para justificar a conduta antiética anterior, numa espiral . Novos atos antiéticos, novas justificativas. Novos atos antiéticos, novas justificativas. Novos atos antiéticos, novas justificativas. O excesso de justificativas afasta a verdade e a pessoa mergulha num caos pessoal de resultados negativos, destrutivos e trágicos.
Como definimos um criminoso? Alguém que cometeu atos antiéticos tão frequentemente que a sua única realidade conhecida é a criminalidade. Na verdade, seus ascendentes herdaram essa única realidade de gerações anteriores e passaram adiante. Como convencer um criminoso de que ele é uma boa pessoa? Impossível. Quem são os seus iguais, que lhe proporcionam um acolhimento social que não outros criminosos? Todos somos criminosos no silêncio de nossas almas, pois já acumulamos erros e magoamos pessoas. Mas podemos voltar ao caminho da ética pessoal, assumindo nossos erros.
Vale a pena ser ético num mundo antiético?
Sim, vale a pena, pois é o único caminho que protege a vida, que possibilita uma consciência tranquila e a certeza de ter valido a pena esta existência.