domingo, 5 de fevereiro de 2012

Idade Cerebral e Poder Cerebral

A idade cerebral avança e o poder cerebral declina, segundo  pesquisas da neurociência.


Isso é esperado, uma vez que o envelhecimento cerebral provoca a perda de algumas funções cognitivas, seja por desuso ou por doenças físicas, neurológicas e mentais.

Mas isso não é inexorável, uma vez que você pode treinar o seu cérebro através de exercícios físicos e ginástica cerebral. Poucas pessoas se dispõem a investir em exercícios diariamente. Não posso falar sobre exercícios físicos, pois amanhã vou reiniciar meu programa de exercícios físicos.

Há muito tempo a ciência sabe que os exercícios físicos melhoram a memória, o sono e o funcionamento cerebral, pois isso aumenta o  fluxo sanguíneo, com oxigenação consequente e proliferação neuronal através do BDNF,um estimulante cerebral responsável pela neurogênese.

Dizem as pesquisas que à medida que envelhecemos, a velocidade de nossas reações diminuem. Ficamos mais lentos em testes. Será isso verdade mesmo?

Teste a sua idade mental através do teste providenciado pelo site:


Você vai descobrir se a sua idade cerebral está em boa forma, de acordo com a manutenção do seu poder cerebral.

O interessante desse site é que ele testa velocidade de resposta, que teoricamente deveria diminuir com a idade. Ocorre que no meu caso a minha velocidade de resposta, depois de 5 anos sem treinar, aumentou.  Só hoje quebrei quatro recordes! Fiquei 5 anos mais velho e mais rápido! A que atribuo essa melhora? No meu caso, não posso atribuir aos exercícios físicos, que irão potencializar o meu  desempenho no futuro. Neste momento , o único fator diferente na minha vida, que não havia 5 anos atrás , é o meu treinamento diário no exercício N-dual Back.

Treine a sua inteligência fluida pelo site:


Minha idade é de 38 anos e o meu poder cerebral de 21 anos. Uma diferença de 17 anos! Não acredito em muitas pesquisas que afirmam que há uma queda do potencial cognitivo a partir dos 27 anos. Ou a partir dos 45 anos. O que tenho visto é que as pessoas que não treinam o cérebro  vão perdendo as suas funções mentais, além de desenvolverem déficits de memória, induzidos pelo estresse.

O bom da idade é que podemos ficar mais experientes, sem necessariamente ficarmos menos ágeis mentalmente. Lembre-se de que a preservação do poder cerebral vai depender do treinamento contínuo e a manutenção de um estilo de vida saudável.

Pare de gastar dinheiro em escolas de Inglês


Você realmente acredita que vai aprender inglês em escolas tradicionais de inglês?

Infelizmente não vai. Seu dinheiro merece outras tentativas mais eficazes.

Falo com conhecimento de causa, pois concluí dois cursos de inglês em escolas tradicionais e quando viajei para o exterior descobri que me serviram muito pouco. Voltei de lá apavorado, querendo aprender inglês de qualquer jeito. Obviamente que o hábito de treinar a língua no país de origem é a melhor maneira, mas para quem ainda não teve essa oportunidade, outras alternativas são eficientes.

Vou compartilhar  o que funcionou e funciona para mim, mas cada pessoa deve encontrar o próprio caminho.

Uma fonte interessante de atualização , não somente de treinamento na língua inglesa é a revista Speak Up. Uma única edição nos oferece mais vocabulário que um semestre inteiro num curso convencional. E é mais barato, economiza tempo e energia, mas exige um certo grau de autodidatismo. Vale a pena conferir. Outra questão a ser lembrada, aprender uma língua demanda prática e  em aulas de 1h a 2h por semana talvez você consiga dizer algumas frases, mas isso não é conversação real. O segredo da proficiência é o listening.


Para quem tem acesso à internet, as melhores fontes, das inúmeras que existem, estão recomendadas abaixo. Realmente faz uma diferença usá-las. Além delas, escutar músicas, navegar em sites, comprar cursos diversos em inglês, tudo vai se somando para produzir um resultado final de maior domínio da língua, até possivelmente uma fluência. Aproveite.



Remoção das Lentes Distorcidas da Verdade


Todas as pessoas têm opiniões. Basta lembrarmos dos três grandes temas polêmicos das rodas de amigos: política, religião e futebol. O grande problema para a humanidade é que opiniões são meras opiniões, sujeitas a erros, distorções e inverdades.

Uma pessoa evolui no seu caminho de sanidade mental na proporção direta em que se liberta de opiniões, começa a avaliar fatos e descobre verdades insuspeitas em diferentes temas relevantes na vida. Não estou falando dos três grandes temas já citados, pois eles não são testáveis do ponto de vista da verdade. São meramente crenças que atendem necessidades individuais ou de grupos. Podemos analisar os processos envolvidos nesses temas, mas não os temas em si com o intuito de encontrar alguma verdade.

Por isso, discutir esses três temas a partir de  algum ângulo ideológico suscita gargalhadas.

Mas há áreas do conhecimento humano que não são tabus, nem se consideram intocáveis pela verdade.Com elas podemos aprender coisas interessantes, novidades, insights, redescobrir coisas e, o mais importante, desaprender as mentiras que nos ensinaram no decorrer dos anos. O que falta às pessoas é um banho de verdade. Um banho de civilização, como dizia um colega médico, toda vez que passava um mês no exterior, "respirando civilidade e mudanças em curso." Depois voltava ao Brasil "recarregado."

Quando lembro que uma criança aprende versões da história que podem ser distorções da mente de algum professor de história da esquerda ou da direita, entendo o risco do processo educacional. Pode-se educar para mentiras, equívocos, lugares comuns e massificação. Geralmente assim  funciona o sistema educacional, com as suas avalanches de matérias, inúteis no decorrer dos anos. Quanto você lembra do que estudou no colégio? Obviamente que é melhor algum conhecimento do que conhecimento algum, mas os efeitos colaterais precisam ser pesados numa balança bem regulada, para evitar prejuízos no futuro.

Tenho buscado fontes alternativas de conhecimentos nos últimos cinco anos. Confesso que é  mais difícil do que encontrar ouro em Serra Pelada. Uma vez que outra, encontro livros e autores que nos "chocam" com verdades , novos paradigmas inimagináveis pelo senso comum. Ah, senso comum, somos escravos dessa falácia. Precisamos muito mais que senso comum para vivermos a vida com êxito e lograrmos nossos sonhos. Precisamos encontrar fontes de conhecimento livres de víéses, de interesses ocultos e de meias verdades.

Nessa busca solitária, já que o universo da leitura transita em temas rasos, como a autoajuda barata, a repetição de mantras de pensamento positivo e historinhas água com açucar ou mesmo romances tão ficcionais que se transformam em desperdício de tempo para uma mente já exageradamente imaginativa, tenho encontrado algumas " pepitas".

Para sermos mais inteligentes, precisamos ler coisas que ampliam a nossa percepção, investigarmos tópicos estranhos ao senso comum e descobrirmos peças de um quebra cabeça que é para profssionais e não amadores da vida. Neste blog o meu compromisso é ajudar os interessados a tomar um banho de lucidez e assim se tornarem mais proficientes em suas vidas, com mais autorealização.

Antes que o carnaval chegue, para evitar a superficialização do pensamento nas próximas semanas, convido-os a tomarem um banho de lucidez através das leituras sugeridas abaixo. Elas vão virar de ponta cabeça as suas concepções do mundo, das pessoas, das notícias veiculadas pela mídia, vão estraçalhar o senso comum( que é diferente de bom senso), vão eletrocutar os desinformados. Não sei se vocês conseguirão ler tanto em tão pouco tempo, mas se começarem na hora do desfile das escolas de samba e insistirem até o fim da Páscoa, vocês conseguem!

Qual será o prêmio? Lucidez, libertação intelectual, criatividade, um banho de civilização nesse marasmo de massificação e empobrecimento mental e cultural em que imergiram as pessoas.

Qual será o preço? Um pouco de desconforto mental, já que vocês terão suas feridas intelectuais mexidas e outros cortes serão feitos nas adjacências. Mas não se pode expandir sem dores, como não se pode hipertrofiar músculos sem malhar.

Os livros podem ser  lidos em qualquer ordem, mas recomendo que você leia-os ao mesmo tempo. Essa mania de ler um livro do início ao fim, para somente abrir outro é uma herança obsessiva do sistema educacional, uma mania de privilegiar o processo, descuidando do conteúdo. O que você quer, senão entrelaçar conhecimentos variados, possibilitando um intercâmbio de ideias e insights? Para fazer isso, é preciso misturar, associar, relacionar, reunir diferentes fontes de conhecimento ao mesmo tempo.

Os livros estão distribuídos abaixo. Preferi colocar as fotos e deixar a sua curiosidade procurá-los. Não perca tempo, comece hoje o seu longo e demorado banho, para remover a poeira depositada no seu pensamento, na sua maneira de enxergar o mundo, distorcendo as  lentes da verdade.













sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Adolescência e Escolhas Arriscadas


A adolescência é uma fase do desenvolvimento psicossexual que apresenta características peculiares, determinantes para o futuro do indivíduo.

Atualmente enxergamos a adolescência sob um prisma neurodesenvolvimental, não somente endocrinológico. Obviamente que os caracteres sexuais secundários começam a aparecer na puberdade, com as suas repercussões físicas e mentais. Uma região cerebral  chamada hipotálamo  comanda a secreção dos hormônios sexuais, levando à descoberta da sexualidade.

E justamente nesta fase delicada do desenvolvimento humano, muitas escolhas são feitas , caminhos começam a ser trilhados e armadilhas se interpõem no caminho rumo a um futuro saudável.

Os pais ficam confusos. Não há manuais de instrução completamente validados para obter êxito na tarefa de criar bem os filhos e todos os manuais para  adolescentes teriam que ser personalizados.

Neurodesenvolvimento:

Sem entrarmos nos meandros neurofisiológicos da adolescência, basta dizermos que um(a) jovem não é plenamente desenvolvido neste quesito. Isso explica a irresponsabilidade que lhes é inerente, com algumas exceções. É difícil um adolescente conseguir um primeiro emprego, justamente pela sua imaturidade comportamental, decorrente da sua imaturidade neurológica. Descobri isso empiricamente, ao solicitar ao meu sobrinho que construisse um site para mim. No dia em que estávamos discutindo essa possibilidade, ele parecia empolgado e "comprometido". Na semana seguinte havia esquecido tudo que tínhamos combinado. Frustrante. Assim se sentem os pais, a ponto de exclamarem "aborrecência." O desenvolvimento do córtex pré-frontal, responsável pelo planejamento e controle dos impulsos ainda está incompleto, sendo apenas concluído no final da adolescência. Por outro lado, infelizmente, o sistema límbico, responsável pelas emoções e afetos, está hiperativo, levando a um desbalanço neuroquímico, com  consequente comportamento de risco, frequente nessa fase, como envolvimento com drogas, direção perigosa, sexo sem proteção, rebeldias e irresponsabilidades múltiplas. O adolescente é uma criança com energia de adulto e com acesso a "brinquedos perigosos". Essa combinação é explosiva.

Esse desbalanço neuroquímico intensifica reações que parecem ridículas para um adulto. Vejamos o exemplo de Márcia, que foi internada no Pronto atendimento, por tentar se matar ingerindo bebida alcoólica e remédios para dormir. Antônio, seu namorado, a deixou para "ficar" com outra. Essa "tragédia" provocou o fim do mundo( e eles sentem assim), "não vale mais a pena viver", " a vida perdeu o sentido"( nem começou a ter um sentindo, tamanho o caos neurológico e psicológico). Portanto, a escolha impulsiva leva a uma tentativa de suicídio. Muito(as) cortam os pulsos. Cabe lembrar que a perda desse amor aconteceu depois de longos três meses de namoro. Nessa fase, de incapacidade neurológica ou capacidade parcial, muitos adolescentes, geneticamente predispostos, sucumbem à depressão e  à ansiedade.

A maioria dos adolescentes ultrapassa esse "inferno vital" de maneira relativamente tranquila. Outros caem em armadilhas das quais nunca mais se recuperam. Os que conseguirem sobreviver à adolescência, terão a oportunidade de remodelar o cérebro, ampliando as habilidades neuronais e a aprendizagem, tornando-se adultos responsáveis, independentes e socialmente competentes.

As Armadilhas no Caminho

Juntamente com o desenvolvimento de algumas regiões cerebrais adormecidas, a adolescência traz uma alteração no funcionamento do Sistema de Recompensa Cerebral, que sofre um processo de hipoativação. O resultado é bem conhecido: abandono das brincadeiras infantis, impaciência, busca de atividades arriscadas, preferência por novidades e tédio. Nem mesmo adultos entediados lidam bem com esse estado emocional, imaginem adolescentes "descerebrados". Por um lado a busca de outros caminhos estimula a  uma maior autonomia, independização dos pais e identificação com outros modelos sociais( tribos). Por outro lado, na espera dos 10 anos que ainda faltam para uma completa finalização cerebral, muitos adolescentes se envolvem com drogas e fazem outras escolhas equivocadas. Enfrentam o mundo adulto com ferramentas ainda frágeis e um repertório mental e social em desenvolvimento. Por exemplo, a empatia, que pode ser traduzida como a capacidade de "se colocar no lugar do semelhante, entendendo os seus dilemas e ideias", é falho no adolescente, que permanece autocentrado, em  defesa de causas socialmente reprováveis. Quem olha para o próprio umbigo, não liga para as consequências de seus atos, muito menos para o desconforto que causa nos outros. Nessa onda, estão as marchas a favor de coisas danosas para sociedade e prazerosas para si mesmos, como a liberalização da maconha. Imaginem como vai ficar o cérebro adolescente que fuma maconha nessa fase delicada do desenvolvimento cerebral. Já pensaram? 

Neste momento, cabe aos pais, aos professores e aos modelos de comportamento responsável prover esses adolescentes com informações adequadas dos riscos de suas escolhas. Mais do que informação é necessário engajá-los em ações produtivas, como estudo e trabalho disciplinado. Para que o tédio não seduza através do uso de drogas para hiperexcitar o sistema de recompensa, precisamos conquistar os adolescentes por outros caminhos mais saudáveis. Neste momento, a desocupação acadêmica e laborativa associada à superproteção dos pais, que dão tudo e não exigem nada, leva a um risco de desvio comportamental aumentado. 

A adolescência é uma transição. Diante de encruzilhadas, jovens acertam e jovens erram. Os que erram pagam um preço alto demais pelo descuido. Morrem precocemente. Abandonam os estudos. Convertem-se em fardos para seus familiares. Tornam-se dependentes químicos irremediáveis e irrecuperáveis, trilhando um caminho sem volta. O índice de recuperação de drogas é baixíssimo. E nessa correnteza infeliz se vãos os potenciais e sonhos de uma vida inteira. Os pais transformam-se em  escravos de tentativas repetidas para salvar seus filhos, mas não conseguem. O cérebro que tinha a chance de se desenvolver torna-se atrofiado pela ação de drogas que destroem os neurônios e impedem o amadurecimento de áreas cerebrais nobres. As consequências sociais são desastrosas. E os adolescentes bem-sucedidos precisam agora pagar o preço direto e indireto pelas escolhas dos adolescentes mal-sucedidos. Um mundo muito desigual, que explica parte da insanidade  em que vivemos no planeta Terra.