Uma linha de pesquisa de grandes laboratórios na atualidade são os medicamentos chamados "ampliadores cognitivos". Também conhecidos como nootrópicos, drogas inteligentes, aprimoradores cognitivos, visam à melhora na performance mental diante de tarefas e desempenho profissional e acadêmico.
Muita discussão ética surgiu quanto à viabilidade de se criarem medicamentos para melhorar o desempenho mental de pessoas saudáveis. Mas se existem cirurgias estéticas, porque não investir na estética mental? Ser mais inteligente é um objetivo bastante desejável, não é mesmo?
Mesmo sem indicação médica, tanto estudantes como executivos já usam drogas estimulantes para melhorar o seu desempenho.
O principal objetivo é aumentar a concentração. Uma medicação indicada apenas para TDAH( transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), a ritalina, tem sido usada por estudantes , que querem ficar acordados durante a noite para estudar. Devo ressaltar que o uso da ritalina sem prescrição e acompanhamento médico é perigoso, pois ela pode causar dependência e arritmias cardíacas em pessoas predispostas. Há trabalhos científicos que mostram que a ritalina é um excelente medicamento em TDAH, mas de pouca ajuda para pessoas sem o transtorno. Outro medicamento que vem sendo usado nos EUA é a modafinila( Stavigille), para tratar a narcolepsia( uma doença em que a pessoa tem ataques de sono diurnos incontroláveis). O laboratório conseguiu ampliar a sua utilização para funcionários que trabalham em atividades noturnas ou que exigem muita concentração ( controladores aéreos e pilotos).
Na segunda guerra mundial houve uma onda de uso das anfetaminas por soldados para ficarem acordados e resistentes durantes os combates.
Geralmente os mecanismos de ação dessas drogas envolvem o aumento do neurotransmissor dopamina, responsável pela motivação e atenção.
Muitas outras substâncias estão em processo de pesquisa no momento, como os ativadores de receptores nicotínicos de acetilcolina( envolvido em memória), as ampaquinas( que fortalecem o neurotransmissor glutamato, responsável pela memória de longo prazo), os inibidores da fosfodiesterase(FDE), que aumentam uma proteína dentro do neurônio , responsável pela memória de longo prazo.
Entretanto,nenhuma dessas substâncias provou ser capaz de aumentar as capacidades cognitivas, muito menos a inteligência. Pessoas com QI mais baixo tiveram uma melhora com a modafinila( stavigille), enquanto que pessoas com QI mais alto não notaram nenhuma diferença. A ritalina parece melhorar a memória de trabalho( imediata) em pessoas com deficiência de memória, mas não melhorou a memória de pessoas com memória normal.
Por fim , existem hábitos mais seguros para aumentar o desempenho cognitivo, como a prática de exercícios físicos , a adoção de uma dieta rica em ômega-3( peixes), evitar o uso de substâncias tõxicas para o cérebro como o tabaco e o álcool, buscar o aprimoramento mental através do estudo e contato com experiências novas e excitantes.
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