segunda-feira, 15 de março de 2010

Computador, Programas de Televisão e Demências


Estudos realizados na Universidade de Tel- Aviv, em Israel , relacionam o aumento do risco de demência em pacientes que se expõem a programas de televisão, principalmente com conteúdos estressantes. O aumento da conexão entre demências e programas de televisão está na recepção passiva dos conteúdos bombardeados pela telinha da TV, sem o menor desafio intelectual. A demência, principalmente a Doença de Alzheimer, é um problema de saúde pública, que vem aumentando nos últimos anos. Um em cada 20 indivíduos com mais de 65 anos e 1 em cada 5 indivíduos acima dos 80 anos vão desenvolver demência.


A idade avançada é um fator de risco, juntamente com a herança genética, fatores ambientais( como a exposição à TV), a dieta pobre em componentes antioxidantes e outras doenças físicas. Ficar assistindo à TV várias horas por dia é um exercício péssimo para o cérebro. Quando uma pessoa está na frente da TV, ela entra em "transe hipnótico" e o seu inconsciente recebe toda aquela carga de informações geralmente negativas, superficiais, catastróficas e pouco úteis para a sua evolução cerebral e mental. Ficar assistindo ao Jornal Nacional, programas do Ratinho, Faustão e afins deve causar um estrago enorme na capacidade cognitiva. Estimativas demonstram que uma criança americana deixa a escola primária tendo assistido a 8 mil assassinatos e 100 mil atos violentos na televisão. Por outro lado, fazer exercícios físicos e atividades intelectuais interessantes desenvolve as reservas cognitivas( recursos disponíveis de memória, concentração, capacidade de raciocínio abstrato e pensamento, além de modular os afetos). O cérebro é um músculo. Use-o ou perca-o.


A principal região afetada pelas tragédias televisivas, com alta carga de estresse e o seu hormônio consequente, o cortisol, é o hipocampo, responsável pela memória. É justamente o hipocampo a primeira região cerebral a ser afetada nos estágios iniciais da demência de Alzheimer.


O computador, por outro lado, parece ser mais interativo que a TV, possibilitando uma relação mais ativa com as pessoas, que precisam participar das escolhas dos sites, ao navegarem, recebendo estímulos múltiplos, possibilitando a seletividade de interesses. Pesquisas demonstram que jogos eletrônicos e sites de desenvolvimento cognitivo( com exercícios) melhoram as conexões sinápticas em idosos expostos. O treinamento constante parece melhorar vários aspectos da reserva cognitiva, retardando o processo de envelhecimento cerebral e prevenindo o aparecimento de demências.


Acesse os sites abaixo para aumentar a sua reserva cognitiva:


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