Muitas famílias enfrentam dificuldades com filhos que " não gostam de estudar". Outras famílias enfrentam problemas com filhos que " não conseguem aprender ". Muitos enfrentam os dois problemas associados.
No primeiro caso temos um aluno, sem sinais de distúrbio de aprendizagem, mas que se motiva pouco quando o assunto é estudar. São mais orientados a atividades que demandam pouca concentração e esforço mental. Gostam de videogames, "baladas", jogos, brincadeiras, mas passam longe dos livros. Para o desespero dos pais, eles admitem que não gostam de estudar. Levá-los a tratamento é ineficaz, porque não existe tratamento para fazer alguém gostar de estudar. Vários fatores precoces concorrem para estimular uma criança a tomar gosto pelo estudo. Entre os fatores estão a curiosidade infantil, a busca do saber, o estímulo dos pais, a oportunidade de frequentar bons colégios, a associação com crianças que gostam de estudar, a premiação dos esforços escolares, o hábito da leitura e outros. Muitos pais não estudaram e passam esse modelo de identificação para os filhos. Mesmo dizendo o quanto é importante estudar, eles próprios não estudaram. Outros pais não estudaram, mas transmitiram para os filhos a importância do estudo para o futuro. Nós buscamos prazer e tentamos evitar a dor. Se associarmos prazer suficiente ao estudo, podemos desenvolver o gosto de estudar. As notas podem ser um motivador. Os prêmios, os reconhecimentos públicos na escola. Evitar a dor também funciona, mas com menos intensidade. Dizer para um filho " que ele não vai ser nada na vida se não estudar", ajuda pouco e reforça a baixa autoestima.
O segundo caso é daqueles alunos que possuem dificuldades de aprendizagem. Nesses casos, podemos solicitar ajuda da psicopedagogia para minorar as deficiências escolares. Vai depender do grau de desenvolvimento cerebral. Se houver um desenvolvimento cerebral incompleto, algum retardamento mental, as dificuldades de aprendizagem se manifestarão em diferentes esferas da vida do aluno. Isso criará uma espiral descendente. O baixo desempenho produz um reforço negativo, desestimulando o aluno a tentar superar as suas dificuldades, chegando muitas vezes à desistência acadêmica. Doenças mentais dos pais , cuidadores e dos alunos também contribuem para dificuldades de aprendizagem.
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