domingo, 10 de janeiro de 2010

Fórmula da Inteligência aplicada ao Tópico I

O tópico I é a consciência. E a pergunta é: Vamos conseguir correlacionar consciência com neuroimagem?
Primeiro, vamos ampliar a Percepção Acurada(P): O que é consciência?
R= "capacidade de conhecer valores e mandamentos morais e aplicá-los nas diferentes situações.( do latim conscientia); julgamento secreto da alma, aprovando ou reprovando nossos atos; percepção da própria experiência;"( fonte Dicionário Michaelis)
Ampliando a percepção Acurada(P)( passo dois).
Neuroimagem demonstra padrões de comunicação entre os neurônios. A consciência depende do cérebro? Sim. Já viu alguém com problema neurológico apresentar-se inconsciente? Sim! Comatoso. Sim! Então o cérebro intermedeia a função chamada consciência.
Vamos conseguir relacionar consciência com padrões neuronais, sem estivermos buscando a definição exata da palavra em determinado momento. Por exemplo, consciência como percepção de si mesmo. A pessoa tem "um insight"( visão de si mesmo), percebe alguma coisa subjetiva e nós medimos a atividade elétrica neuronal. Podemos correlacionar as áreas ativadas na neuroimagem com a consciência? Sim. Para essa pessoa e dentro dessa definição estreita de consciência. Podemos extrapolar que uma pessoa tendo a mesma sensação subjetiva vai ativar as mesmas áreas cerebrais?Não! A consciência de uma pessoa pode ser diferente de outra, tanto em definição semântica, como em ativação neuronal. Sabemos que enquanto áreas cerebrais se acendem nos exames de neuroimagem, muitas outras não se acendem a ponto de serem detectadas( mas não quer dizer que não estejam ativas igualmente). A correlação áreas ativadas-funções mentais é muito, muito mais complexa!
Se consciência for valores e mandamentos morais, podemos nos reportar ao estudo do cérebro moral, que envolve principalmente o lobo pré-frontal. Estaria aí a nossa consciência? Sim e não! Sem um lobo pré-frontal íntegro a pessoa pode ter ausência de valores e mandamentos morais, o que definiria ausência de consciência pelo dicionário Michaelis. Teríamos um psicopata, um retardado mental( sem capacidade de abstração), um paciente com déficit de atenção( dificuldade de medir as consequências dos atos mais imediatos, mas que continua sabendo distinguir o certo do errado). A consciência está no lobo pré-frontal? Sim, mas não somente nele. A consciência é a integração de todas as funções mentais( definição psiquiátrica). Então, quando alguma disfunção afeta a integridade de qualquer função mental, teremos alguem com a consciência prejudicada? Sim. E as funções mentais dependem de diferentes regiões cerebrais.
Na neurologia estar insconciente é não ter as funções cerebrais superiores em funcionamento. A pessoa pode estar comatosa, respirando, mas sem comunicação com o mundo externo. Podemos correlacionar várias áreas neurológicas afetadas e a ausência de lucidez, portanto, inconsciência.
Investigar por nós mesmos. O raciocínio acima foi feito por mim mesmo.
Excluir as hipóteses falsas: A consciência está em algum lugar específico? Parece que não, haja vista a sua variabilidade de alteração.
A consciência é uma coisa só? Não, ela possui diferentes definições. Cada definição dá margem para uma interpretação.
Uma palavra com diferentes definições pode ser localizada numa região cerebral única? Não. Definitivamente não!
Existe correlação entre consciência e atividade neuronal? Sim, mas de modo tão amplo e heterogêneo , que não é possível afirmar que estamos medindo consciência diante de um tipo de padrão de atividade elétrica neuronal.
Precisamos de cérebro para haver consciência? Sim, mas na definição de processamento de informações. Talvez não precisemos de cérebro para ter consciência, mas isso não foi provado! É uma tentativa de verdade.
Mente e cérebro estão correlacionados? Sim e Não. Existem doenças mentais com substrato cerebral alterado visivelmente e outros em que o cérebro não é diferente de pessoas normais usadas como casos controles(comparação).

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