sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Esmiuçando a Fórmula da Inteligência, Um Exemplo Real!

Ano Novo, vida nova! Vamos iniciar o ano de 2010 treinando a Percepção Acurada(P), o primeiro componente da fórmula ,explicitado no post anterior. O que lhe desejo neste ano é a aplicação da Fórmula da Inteligência na sua totalidade, para que os seus resultados sejam fantásticos! Os resultados possíveis são inimagináveis e na medida exata da própria aplicação da fórmula, nem mais , nem menos. O que falta para as pessoas é o Software Mental Inteligente(S). Agora é possível entender os princípios básicos da inteligência, pela utilização sistemática da fórmula. Inteligência é uma habilidade que está por trás dos resultados que almejamos na vida. Por que algumas pessoas têm os resultados que desejam? Por que algumas pessoas sofrem menos? Por que algumas pessoas fazem escolhas acertadas? Porque o processo mental inteligente é mais operativo na vida delas! Isso não tem relação alguma com testes de QI. Apesar disso, o seu QI vai aumentar também na medida em que você fica proficiente na utilização da fórmula da Inteligência, simplesmente como um subproduto do processo.
Quando aprendemos alguns conceitos, em seguida precisamos aplicá-los no mundo real. E vamos fazer isso hoje. Num dos posts anteriores , fiz algumas perguntas para você responder. Já respondeu? Reviso algumas perguntas e acrescento outras. Da mesma maneira que algumas pessoas fazem escolhas acertadas na maior parte do tempo( aplicação da fórmula da Inteligência, até inconscientemente), outras se excedem em escolhas equivocadas na maior parte do tempo. Causam problemas para o mundo. Quero que essas pessoas apliquem a fórmula da inteligência o mais breve possível para que todos possamos economizar o nosso tempo socorrendo-as das bobagens que fazem. E para que essas pessoas sejam mais felizes.
Vamos às perguntas: Você sabe por que motivo os balconistas de farmácias se "empenham" tanto em substituir os medicamentos de referência , prescritos pelo médico, pelos genéricos e similares? Por que será que os balconistas de farmácia dizem para os pacientes que um medicamento não é mais fabricado? Por que faltam medicamentos de referência( laboratórios que pesquisaram e inventaram o príncipio farmacológico) enquanto a primeira prateleira visível na entrada está apinhada de genéricos? Há diferenças entres dois genéricos? Existem medicamentos similares que podem ser melhores que alguns genéricos? Por que algumas farmácias vendem outros produtos que não medicamentos e cosméticos? E será que alteração da prescrição do médico pode afetar o resultado terapêutico? Lembre-se de que a Percepção Acurada(P) depende da coleta de dados úteis. E a coleta de dados úteis depende da curiosidade de fazer boas perguntas e só aceitar boas respostas( verdade).
Vamos a outras perguntas e agora exercitando um caso real que vivenciei no Natal com a minha família. No post sobre trapaça, abordei que o fato de um médico ter um diploma não garante necessariamente que ele é tecnicamente capacitado para prestar o melhor atendimento. Isso não é o que pensam as pessoas ingênuas. E uma pessoa inteligente nunca é ingênua. Portanto, vamos à pergunta: Você acha que todos os médicos são confiáveis? Todos os advogados? Todos os políticos( não precisa responder)? Juízes( me lembrei do Lalau)? O que eles têm em comum? São humanos e falíveis.
Ok, vamos ao caso familiar. Meu pai, já nos seus 66 anos, empolgou-se e resolveu beber umas cervejas para mais. Afinal de contas é Natal! No meio da noite, levantou para urinar. A urina não saía! Passou a noite inteira tentando urinar. Um ano atrás ele fez a avaliação com o seu urologista. Sua próstata estava um pouco aumentada, as biópsias não mostraram tecido tumoral. Foi orientado a fazer uma revisão em 6 meses. Como todo bom brasileiro repetiu os exames em 1 ano e 3 meses! Nenhum problema, pois os exames estavam normais! Então, de maneira súbita, teve um quadro de retenção urinária porque não conseguia urinar. Ligou para o seu urologista( que atendeu o telefone e prescreveu um antibiótico). Durante 3 dias , até consultar com o urologista, passou com dificuldade para urinar, mas conseguia urinar em gotas. Provavelmente um quadro de hiperplasia benigna de próstata, talvez uma infecção da próstata. Quando o urologista o atendeu, solicitou US , que demonstrou retenção urinária( +- 600 ml) e já uma dilatação do ureter e sistema calicial renal( hidronefrose), por causa do refluxo retrógrado da urina da bexiga para os ureteres( que levam a urina dos rins para bexiga). O urologista atendeu o pai com celeridade( esperamos 30 segundos no plantão da Unimed e 2 minutos no consultório particular).Indicou a sondagem vesical. Em 5 minutos o médico foi ao setor de emergência da Unimed e fez a sondagem vesical( ele mesmo). A quantidade de urina era mais de 1 litro. Deixou a sonda, orientou a fazer os exames em 10 dias para possível cirurgia, prescreveu mais dois medicamentos para reduzir o tamanho da próstrata. Nos quatro dias em que estivemos envolvidos em tratar o caso e aliviar o "bexigoma", recebemos muitas "criticas" de alguns parentes e "orientações" de outros profissionais de saúde da Unimed. As "críticas"( maneira mais barata de dar uma opinião pouco ou nada resolutiva) referiam-se à impressão de que o urologista era muito "enrolão", "tinha demorado demais", "já deveria ter operado o meu pai". As "orientações de outros profissionais de Saúde" era que a melhor conduta seria substituir o urologista por um outro urologista da cidade.
Diante do dilema( caminhos divergentes), meu pai veio conversar comigo. Então resolvemos aplicar a Fórmula da Inteligência para o caso, com ênfase na Percepção Acurada(P) e já adentrando no segundo componente da fórmula, a investigação da situação por si mesmo.
Primeiro , meu pai me disse que não achava ético trocar de urologista antes mostrar os exames que ele havia feito. Segundo, até o presente momento sentia-se bem atendido pelo urologista. Não cedendo às pressões e contando com o meu experimento de testar a fórmula da Inteligência, fomos juntos ao urologista. Já contei o que ocorreu. O médico foi solícito e ágil. Não ficamos uma hora na sala de espera como costuma acontecer em outros consultórios. Foram 2 minutos e 30 segundos somando todo o tempo de espera. Quando uma próstata não está causando alterações miccionais crônicas, a indicação de operar não é primeira escolha. Logo a conduta médica parecia apropriada. As "críticas" de "enrolão, "tinha que ter operado o pai" , na investigação por mim mesmo, não tinham sustentação técnica. O urologista agiu corretamente. As "opiniões " eram de leigos da família, sem conhecimento técnico. Quanto às "orientações" de trocar de urologista, não encontramos evidências para essa substituição, e concordei com o meu pai, que seria uma conduta equivocada, precipitada e antiética( sim, pacientes podem ser antiéticos). Depois conversando com uma colega médica, ela ampliou mais ainda a nossa Percepção Acurada(P), ao compartilhar que " muitos profissionais de saúde paramédicos indicam a troca de um médico por outro, mais por rixa pessoal ou profissional com aquele médico ou outro interesse, do que por preferência verdadeira por este médico." Na investigação mais aprofundada do caso, parece que foi isso que aconteceu. Quem deu "as orientações" de troca não ia com a cara do médico( os motivos permanecem ocultos!)
Nesse pequeno trecho , podemos perceber que a Percepção acurada(P) depende da nossa capacidade de ampliar os sentidos e examinarmos as situações pessoalmente, de maneira direta. As "críticas" e " opiniões" precisam ser analisadas com cautela, pois, dependendo da fonte, são inválidas. Neste caso vimos uma "crítica" invadindo o terreno técnico sem o conhecimento apropriado.( agora você entende por que uma vizinha que não estudou medicina não pode se meter na conduta do seu médico). Vimos uma " opinião" de um profissional de saúde paramédico implicando com o urologista, ao enaltecer outro( na minha investigação, não era melhor do que o urologista do meu pai), para descontar diferenças ocultas( não consegui descobrir). O que eu vi( exame direto e pessoal) é que o urologista agiu corretamente, foi prestativo e solícito, prescreveu os medicamentos corretos e foi proativo em todas as fases do processo, inclusive tomando a iniciativa de sondar o paciente, sem precisar delegar a função para uma enfermeira. A troca de informações com uma colega médica confiável, ampliou mais a minha percepção, tranquilizando-me de que a minha percepção era acurada( corrigiu algum filtro que passou despercebido).
Assim, você percebe a dinâmica da aplicação da Fórmula da Inteligência, hoje com ênfase na Percepção Acurada(P), já antevendo o próximo post, por dar a noção de outro componente da fórmula, a Investigação das Situações por Si Mesmo(I), que também foi essencial no caso descrito.

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