O assunto hoje é Competência Profissional. Será que o fato de uma pessoa ter um diploma a credencia para atuar em determinada área profissional? Como diferenciar?
Ampliando a Percepção Acurada(P): O primeiro passo para entendermos esse tópico é definirmos os termos. Competência, segundo o dicionário, é "capacidade, suficiência", " atribuições", do latim " competentia", que significa "capacidade legal", " faculdade para apreciar e resolver qualquer assunto", " aptidão, idoneidade"; e Profissional, "relativo à própria profissão".
Se levarmos em conta as definições, uma pessoa que possui um diploma de médico, possui competência profissional para atuar na área. Pois basta ter o diploma, que significa "capacidade legal" para exercer a profissão. Mas a pergunta que desejamos responder é mais acurada. O fato de ter uma capacidade legal significa " aptidão , idoneidade e resolver qualquer assunto"? Trago essa questão por dois motivos: o primeiro é para que vocês fiquem mais inteligentes na escolha do profissional que vai cuidar do maior bem que temos, a saúde! Segundo, como há interesses além do desempenho profissional, ajudar as pessoas as escolherem médicos ( e outros profissionais) que respeitem a ética. Vale lembrar que ética é "o estudo e aplicação das melhores condutas nas relações humanas." Pessoas desinformadas e crédulas( que não aplicam a Fórmula da Inteligência) se deixam iludir por profissionais antiéticos. Esses profissionais invadem a área dos outros colegas, " sem aptidão, idoneidade e condições técnicas de resolver o assunto" em questão, inerente a uma especialidade , quem não a deles. Nem sempre há má-intenção por trás, mas muitas vezes há. Cabe ao paciente ampliar a sua percepção para escolher o melhor profissional em cada área. Isso se faz aplicando a Fórmula da Inteligência. Como médico, posso avaliar a questão de dentro desse mundo profissional. Posso responder com total convicção que o fato de ter um diploma não significa capacitação profissional, muito menos ética. Ontem mesmo atendi uma paciente pela primeira vez que já estava tomando o quarto antidepressivo( prescrito por dois cardiologistas e um endocrinologista). Imaginem se eu, psiquiatra , resolvesse invadir as áreas dos colegas, como eles fazem! Mas não sou louco, conheço os meus limites. Mas o meu diploma me dá "capacitação legal" para fazer isso. Mas eu conheço os meus limites e respeito as áreas profissionais. Isso deveria ser um marcador na escolha dos médicos. A Fórmula da Inteligência demonstra que um critério bastante confiável na seleção de médicos é avaliar a sua conduta ética. Se um médico é antiético com um colega, o que sobra para o paciente? Certamente vai se comportar da mesma maneira( ou pior), já que domina o conhecimento! E a conduta antiética vai contaminar o serviço técnico cedo ou tarde! Não precisamos esperar que a mídia divulgue médicos que esquartejam pacientes, dopam crianças ou assassinam outros para ficarmos mais inteligentes na hora de escolher um especialista. Basta olharmos a conduta ética e a trajetória profissional. Fique atento!
Exclusão de hipóteses falsas:
O diploma não é a garantia de competência profissional. Verdade. Existem profissionais que têm um diploma e são legalmente capacitados , mas incompetentes na prática. A prática e a conduta ética diferenciam os profissionais no mercado.
A opinião de outros pacientes deve guiar a escolha. Não. A opinião é apenas um ponto de vista que não nos garante confiabilidade. Você pode receber a orientação de um paciente crédulo, que vai induzi-lo a consultar um médico incompetente. Serão duas pessoas crédulas, na mão de um profissional incompetente. O segredo é escolher por si mesmo.
Existem profissionais que estão mais interessados em outros aspectos que não a profissão. Verdade! Perceba se o seu médico( ou outra profissão) gosta do que faz ou é apenas um instrumento para obter resultados para si, seja financeiro ou outros.
A conduta antiética é o melhor marcador para avaliar um profissional. Verdade! A conduta ética demonstra a postura do profissional. Se ele é antiético com um colega ou paciente de maneira repetida, isso vira um padrão de comportamento. Decida se quer colocar a sua saúde na mão desse profissional.
É possível separar a conduta profissional da pessoal. Verdade! Alguém pode ser um bom profissional e ter problemas pessoais. Mas não podemos separar a parte pessoal da profissional. Um profissional nunca será melhor do que as suas características pessoais permitem. No antigo ditado, " nunca poderemos ter um bom resultado com uma pessoa de má conduta."
Pacientes muito passivos ou muito "donos da verdade" estão sujeitos a contratar profissionais desabilitados para a tarefa. Sim, pois nos dois casos a percepção desaparece e um conluio psicológico se estabelece, nublando a inteligência. O risco de contratar um profissional antiético aumenta.
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